quarta-feira, 19 de junho de 2013

Resumo - Cap. 4 "Teoria Aristotélica da Beleza", de Ariano Suassuna

Mesmo como discípulo de Platão, a visão teórica realista de Aristóteles é um tanto quanto oposta à de seu mestre, que era idealista. A Beleza para Aristóteles é definida a partir de um conjunto de características harmoniosas, equilibradas.

Essa sua teoria da Beleza, pode ser justificada através de sua visão de mundo, como uma luta incessante para manter a Harmonia e a Ordem vitoriosas sobre o Caos, de onde o mundo teria se originado. Por essa razão, características harmoniosas seriam exaltadas, e tudo que possuísse tais características, seria perfeito e, consequentemente, Belo. Na desordem encontra-se o feio e o risível.
A Beleza, portanto, está ou não no objeto, através de seus dados e características, diferente da teoria de Platão, que a Beleza de um objeto lhe era conferida através de algo no Mundo das Ideias.

No estudo da Retórica, Aristóteles continua com sua mesma teoria, examinando as obras de artes através do ponto de vista do sujeito observador, ou seja, estuda a obra de arte a partir da experiência que o sujeito tem no ato de contemplação da obra. Na arte, Aristóteles considera a mímesis como uma representação positiva e não inferior como Platão acreditava, colocando a Beleza da arte como mera sombra da Beleza Divina.

As três características principais que conferem Beleza a um objeto são grandeza, harmonia e proporção e frase “a unidade na variedade” seria a fórmula aristotélica para se definir a beleza.


SUASSUNA, Ariano. Iniciação à Estética. 9 Ed. Rio de Janeiro.José Olympio, 1972. 51p a 58p

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