sábado, 18 de maio de 2013

Resumo do Capitulo 3 - "Teoria Platônica da Beleza", por Ariano Suassuna


Para Platão, a Beleza Absoluta é proveniente do Mundo das Ideias. Esse mundo Ideal, do qual todas as almas contemplaram, constituía-se de Beleza, Verdade e Bondade. Não mais habitantes desse mundo, a alma como parte de um corpo material (visto como castigo), procura a Beleza Absoluta no mundo terrestre, caracterizado como um mundo de ruínas e decadência.  
Nesse mundo (de ruínas), tudo que existe não passa de uma imagem, de uma imitação do objeto verdadeiro, existente no Mundo das Ideias. O objetivo do ser humano, para Platão é retornar ao mundo onde há perfeição em tudo, vivendo, portanto, sempre na busca.
Esse saudosismo do indivíduo em relação à Beleza Absoluta (parte da teoria platônica da reminiscência) faz com que ele seja sempre atraído pela beleza, mesmo terrena, em busca de novamente contemplar a Beleza Ideal. Para Platão, isso só pode acontecer através do amor.
Em relação ao amor, Platão tem a teoria da androginia que diz que todos os seres eram andróginos, providos dos dois gêneros. Uma vez separados, cada alma procura sempre pela sua metade, para unirem-se mais uma vez. Esse seria a ideia do amor carnal, que seria um amor primitivo, no qual o indivíduo é atraído apenas pela beleza do outro corpo. Esse amor, mais superficial é predisposto à ruína, já que a beleza dos corpos se esvai, é decadente.
O estágio de aperfeiçoamento desse amor é aquele no qual passa a contemplar a beleza da alma, a sua moral e seus costumes e passa a vê-la como superior à beleza corpórea. Nesse estágio de amor, arrebatador, o indivíduo tem o espírito sempre fortificado e enriquecido, conhecedor do êxtase e da Beleza Absoluta, a única verdadeira e boa. Nesse caso, o ser passa a enxergar, ou melhor, recordar de tudo que é belo, verdadeiro e bom.

SUASSUNA, Ariano.Iniciação à Estética. 9.ed.Rio de Janeiro.José Olympio, 1972. 43p a 49p.

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